Técnicas de soldagem manual de placas eletrônicas
Quando se trata do processo de soldagem manual, as ferramentas e insumos corretos são fundamentais. Vamos falar um pouco sobre isso em nosso blog deste mês.
Estação de Solda – Ferro de Solda: É o equipamento que irá fornecer o calor necessário para aquecer os pads, terminais, ativar o fluxo e fundir a solda. Existem diversos modelos de estação no mercado, desde as mais simples (com ajuste de temperatura analógico e sem correção autônoma), até equipamentos digitais, que fazem ajuste automático de compensação na temperatura para manter o valor configurado independente da área que está sendo soldada.
Ponta de Ferro de Solda: O ferro de solda é o acessório que será conectado na estação. Deve ser compatível com o modelo da estação escolhido. Alguns modelos oferecem a possibilidade de setup rápido de ponta. Isto ajuda muito em ambientes de linha de produção, onde pode ser necessário utilizar mais de um tipo de ponta para o mesmo produto e não se pode ter duas estações distintas ao mesmo tempo.
Esponja para limpeza da ponta: A esponja será utilizada para fazer limpezas na ponta do ferro de solda, com o intuito de remover resíduos de solda, pequenas camadas de oxidação naturais do processo ou resíduos de fluxo cristalizado na ponta. Existem dois tipos: As esponjas metálicas douradas e a bucha ou esponja vegetal. As esponjas metálicas são a melhor opção, pois promovem uma limpeza mais eficiente e não oferece riscos à ponta. Já a bucha ou esponja vegetal, necessita da aplicação de água deionizada em sua superfície para conseguir limpar a ponta.
Estação de Ar Quente: A estação de ar quente será utilizada para soldar alguns tipos de componentes bem específicos, onde o ferro de solda não poderá tocar o terminal e pad adequadamente ou não será suficiente para aquecer adequadamente. Além disso, será muito utilizado para remoção de componentes de grande massa térmica ou com muitos terminais.
Fio de Solda: O fio de solda é o insumo que contém o metal de adição para a junta de solda. Alguns modelos já contêm fluxo em sua estrutura, já outros não, e são chamados fios cheios. Sua composição será a da liga escolhida para soldar o produto. Existem várias composições diferentes, mas podemos dividi-los em dois grandes grupos em relação ao tipo de liga: Rohs / Lead-Free e os Convencionais (que possuem chumbo na composição). A liga Rohs / Lead Free mais comum é a SAC305, com 96,5% e Estanho, 3% de Prata e 0,5% de cobre. Já a convencional é a Sn63Pb37, com 63% de Estanho e 37% de Chumbo.
Caneta de Fluxo: O fluxo em caneta é um grande auxiliar no processo de soldagem, em casos em que o fluxo presente no fio não é suficiente para garantir uma boa molhagem e migração. Ele irá ajudar na remoção de contaminantes dos pads e terminais e na quebra da tensão superficial do metal líquido da solda. Os fluxos em caneta são apropriados para soldagem manual e retrabalhos, e não deixam grandes resíduos na placa ou resíduos que possam oferecer risco ao produto. Não é recomendável utilizar fluxos de outros processos, como de solda a onda ou pastosos, que é exclusivo para determinados processos críticos.
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